Resumo: | O presente trabalho constitui-se de uma avaliação do tipo longitudinal, tendo como objetivo avaliar o efeito de visitas domiciliares concernentes ao estímulo do aleitamento materno e às práticas de alimentação dos lactentes, em mães residentes em favelas da região de Vila Mariana, Município de São Paulo. A amostra foi composta por 50 mulheres no ciclo gravídico puerperal que foram expostas à intervenção educativa através de visitas domiciliares com a seguintes freqüência: mensais, durante a gestação; na primeira e a segunda semanas, durante o pós parto; e mensais, até o sexto mês de vida da criança. Os resultados mostraram que idade mediana das mães estudadas era de 22 anos, 54 por cento migraram da região Nordeste do país, 82 por cento viviam com o marido ou companheiro, 32 por cento trabalhavam fora do lar e 64 por cento possuíam menos de 4 anos de estudo. Quanto ao tempo de aleitamento materno, verificou-se que a mediana de duração do aleitamento materno pleno foi de 75 dias, sendo que 18 por cento das mães amamentaram plenamente até os 6 meses pós-parto. E com relação ao tempo total de amamentação obteve-se uma mediana de seis meses ou mais, sendo que aos seis meses, 64 por cento das mães estavam oferecendo leite materno para seus filhos. Quando se compararam os resultados de estudo realizado nestas favelas em 1992 com os atuais verificou-se, após a intervenção, que a proporção de crianças amamentadas por seis meses ou mais, passou de 16,7 por cento para 64 por cento. Conclui-se, portanto, que as atividades educativas mediante visitas domiciliares desde o período gestacional até os seis primeiros meses de vida, interferiram positivamente na duração da amamentação das crianças moradoras nas favelas, consideradas como ambiente de risco para a desnutrição e infecções freqüêntes (AU).^ipt.
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